São muitas as críticas sobre a trilogia 50
tons de cinza; a grande maioria diz se tratar de uma trilogia machista. Eu
quero mostra os pontos que fazem com que essa trilogia não seja machista, mas
apenas a respeito de um grupo especifico.
A visão
machista se configura basicamente no primeiro livro “Fifty Shades of Grey” (titulo
original) por que o personagem principal tem um comportamento muito degradante
com as mulheres ao qual se relaciona intimamente. Só que durante a minha leitura
e dialogando com uma Psicopedagoga a respeito do que eu estava lendo, a mesma
me disse: “Hummm, ele tem o comportamento de alguém que sofreu abusos na infância.
Ou ele foi abusado sexualmente ou fisicamente.” Detalhe essa conclusão foi
apenas com o meu relato, a mesma não leu o livro para saber, mas todos sabem
que sim ele foi mesmo abusado sexualmente e fisicamente. Por tanto seu
comportamento é pautado sob seus traumas e desse modo tê-lo como machista é uma
visão de certa forma distorcida dos fatos reais ali explicitados.
Fatos reais
já que mesmo sendo uma obra ficcional ela aborda a temática dos abusos durante
a infância e a durante uma inicialização sexual.
Então
vejamos de fato o que os livros 50 tons trazem para o leitor que não ficar
preso apenas às aparências descritas no primeiro livro.
1 – Se trata
de um grupo de pessoas que sentem prazer ao infligir dor ou subjugação ao
parceiro. Esse grupo faz uso das práticas de BDSM que significa exatamente
bondage, dominação, sadismo e masoquismo onde cada nome representa uma forma de
técnica e de intensidade. Os participantes se utilizam de duas, três ou das
quatros técnicas ao mesmo tempo dependendo do nível de prazer e dor a ser alcançado.
Para se prevenir de acidentes fazem uso de uma palavra de segurança.
2 – Algumas
das técnicas menos dolorosas ou aquelas que geram menos danos são muito usadas
em relações “convencionais” e como a personagem Anastácia diz quase todas as
pessoas já deram ou querem dar uma boa “trepada sacana”.
3 – Passando
para uma análise psicológica dos livros é uma história de superação já que o
personagem Christian
Grey vence seus medos e
traumas causados durante sua tenra infância com o amor e os cuidados da
personagem Anastácia.
4 – Ao se
retirar as muitas partes de sexo se torna um romance banal e novamente veremos
apenas um cara atormentado pelos fantasmas de uma infância traumática tentando
ajudar uma mãe “prostituta e drogada” que não conseguia se proteger nem
proteger um garotinho inocente.
Então nessa
trilogia a autora de forma magnifica, abordou dois temas muito difíceis que são
a sexualidade e abusos infantis, onde tudo começa na primeira infância tendo
seus reflexos ao longo de seu desenvolvimento e só sendo solucionados na idade
adulta.
Com esse
post não quero afrontar os críticos que tiveram opiniões ruins a respeito da
trilogia quero apenas dar minha pequena colaboração juntamente aos que adoraram
tanto quanto eu os livros 50 tons de cinza.

Confesso que não sou lá muito fã da trilogia, mas é sempre interessante observar o processo de leitura de outras pessoas, pelo menos a discussão já resgata valores a serem agregados ao livro. Boa sacada, Fê.
ResponderExcluirObrigada querida xará é como eu disse existem pontos na trilogia que precisam sim ser analisados principalmente por servirem de diagnóstico de psicopatologias.
ExcluirGostei da sua visão Feh!! Eu até agora só tinha ouvido falar que se tratava de uma obra extremamente machista e como sou feminista até dizer basta tomei aversão a essa obra e nem quis saber de ler tal livro. Agora olhando pela sua colocação fiquei com vontade de ler, mas sem o danado do pré-conceito.
ResponderExcluirQue bom que você gostou Teh. O pré-conceito acaba por nos podar em algumas coisas ou até em conhecer coisas diferentes porque dizem que é ruim mas se tirarmos as vendas dos olhos podemos descobrir coisas muito interessantes. Beijos e obrigada
ExcluirEu nunca li esse livro, mas também nunca imaginei que o Christian Grey tivesse sofrido abusos durante a infância e que por isso agisse daquela forma. Não ouso opinar sobre o livro porque nem ao menos eu li, mas eu gostei da sua colocação é bem diferente, pelo menos me trouxe uma visão diferente da que eu tinha.
ResponderExcluirAmanda infelizmente pelo que pude descobrir com alguns profissionais muitas pessoas que são estupradores ou que gostam de coisas como o personagem do livro sofreram abusos. Te recomendo ler o livro para poder ver com seus olhos que infelizmente esses abusos devem acontecer com muita frequência e a gente nem imagina. Obrigada pela participação em meu blog e volte mais vezes ^_^
ExcluirAcho um livro leve e que caiu bem para muitos leitores.
ResponderExcluirNão é minha linha, mas me deram de presente. Fiz a leitura e achei muito parecido com os livros Julia e momentos íntimos da década de 80 e 90 que fizeram muito sucesso entre as mulheres...
O tradução foi bem feito e merece muito elogios. Se não tivesse feito a liga entre o original e a tradução não teria tido o sucesso que teve ou tem...não acho machista...acho libertaria e romântica...sobre ser abusado...bem...foi o momento do descobrimento do lado homem dele...uma boa parte dos homens passam por isso...é o momento de afirmar sua masculinidade...o sexo está a flor da pele dos adolescentes...
Muito bem sacado Luciano a sexualidade virou um tabu mais não deveria ser entre os adultos, afinal todos tem ou deveriam ter maturidade para entender que essas praticas são uma forma de afirmar a masculinidade e que algumas mulheres tem de sentir uma forma de prazer. Sobre a tradução realmente amei a forma que traduziram e se mantiveram fieis a expressões de afeto que em inglês tem um significado muito mais apelativo e felino do que traduzido ao português.
ExcluirEssa trilogia não é muito minha linha, nunca fui muito fã de livros do tipo, porém a sua abordagem me fez ter uma visão um pouco diferente acerca do livro. Eu possuía justamente essa visão crítica de que o livro era machista, era sexista, por isso nunca me dispus a ler, tanto por não me agradar. Não vou fazer críticas mais complexas, pois nunca li, porém confesso que a sua matéria me incitou uma dúvida em relação ao conteúdo do livro.
ResponderExcluirDe qualquer forma, parabéns pela crítica. Quem sabe eu tente ler. Não gosto muito pois me revolto demais com assuntos de linha sexista/machista hehehe mas quem sabe um dia.
Parabéns.
Obrigada Elton é importante seu comentário
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